Idade das Trevas
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Idade das Trevas

Veritas et fortitudo, memento mori
 
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 Lore: Enclaves Arcanos Secretos

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pedrogaiao
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pedrogaiao


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MensagemAssunto: Lore: Enclaves Arcanos Secretos   Lore: Enclaves Arcanos Secretos Icon_minitime6/9/2022, 10:23

CENTROS DE MAGIA
Autoria Anônima


Prefácio

Em construção ...




Reino Mágico de Avalon

A ilha de Avalon (Insula Avallonis), tem sido objeto de vislumbre e fascínio geral graças à imensa popularidade dos contos do Ciclo Arturiano, o que a torna ironicamente o centro secreto de magia mais conhecido da Europa; isto também, é a causa da imensa variação nos vocábulos quanto ao seu nome, tais quais Avalom, Ávalon, Avalão, Avalônia, Avalow e Avallach são todos termos alternativos e corruptelas derivando de uma raiz semântica que significa "ilha das macieras" ou, talvez, "ilha das árvores frutíferas". A região é descrita nos contos como um verdadeiro paraíso nos mares ocidentais e um centro das artes mágicas, onde não há fome e nem necessidade de se trabalhar a terra. Aqui, talvez seja conveniente citar Santo Isidoro de Sevilha quanto à visão mítica da ilha:

"A Ilha das Maçãs a qual os homens chamam de Ilha da Fortuna recebe seu nome do fato dela produzir todas as coisas por si mesma; os campos lá não tem necessidade de serem arados pelos fazendeiros todo cultivo é inexistente exceto pelo o que a natureza providencia. Dela se produz grãos e uvas, e macieiras crescem nos seus bosques a partir da grama cortada. A terra por si mesma produz tudo em vez de mera grama, e as pessoas vivem lá cem anos ou mais. Lá nove irmãs governam por um conjunto agradável de leis" (Etymologiae, XIV.6.Cool.

https://en.wikipedia.org/wiki/Avalon
https://www.atlasobscura.com/places/cave-of-salamanca
https://en.wikipedia.org/wiki/Brasil_(mythical_island)
https://www.google.com/search?q=avalon+folklore+wikipedia&rlz=1C5CHFA_enUS866US866&oq=avalon+folklore+wikipedia&aqs=chrome..69i57j0i546l5.5888j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8

https://en.wikipedia.org/wiki/Lake_of_Tunis
https://en.wikipedia.org/wiki/Domdaniel
https://www.itinari.com/pt/the-cave-of-salamanca-dark-magic-and-its-secrets-0nlu
https://www.google.com/search?q=magic+and+medieval+universities&rlz=1C5CHFA_enUS866US866&oq=magic+and+medieval+universities&aqs=chrome..69i57j33i160l3.5292j0j9&sourceid=chrome&ie=UTF-8




aqueles que vêm a elas de nosso país



Of its own accord it produces grain and grapes, and apple trees grow in its woods from the close-clipped grass. The ground of its own accord produces everything instead of merely grass, and people live there a hundred years or more. There nine sisters rule by a pleasing set of laws those who come to them from our country



Ainda que

de onde


leitores e


ou ilha de Avalon,



Avallon or Avilion)
A ilha de Avalon (, também chamada de Avalão,




Poucas raças sequer puderam aspirar ao mesmo grau de admiração humana prestada aos elfos. Sem exagero, podemos considerar sua civilização a mais excelsa dentre os seres viventes que já habitaram essa terra, mérito que lhes é devido tanto por seus aspectos sociais quanto pelos militares. Segundo contam seus sábios quase-imortais, a civilização élfica foi a primeira a surgir nestas terras e a única a dominá-la propriamente antes da chegada dos primeiros homens. Na organização de seu calendário, a Primeira Era tem seu início no despertar dos primeiros elfos e finda-se com a Concordata de Paz da Guerra dos 1.000 Anos. Embora esta Era seja chamada a “Era dos Elfos”, foi a chegada dos primeiros homens, ainda nas fases finais da Guerra dos 1.000 Anos, que viria a fundamentar as bases da civilização ao qual conhecemos.

Não se sabe exatamente quando ou como foram os primeiros contatos entre os homens e os elfos naquela época, graças à ausência de relato escrito e à perda de qualquer tradição oral, tornando impossível fazer especulações completamente seguras sobre tais interações, especialmente quando é questionado se a natureza destes contatos foi pacífica ou violenta. Se houve conflito, somos levados a crer que os primeiros homens prevaleceram, tendo em vista que os assentamentos humanos se estenderam cada vez mais para o coração do continente e isto, muito provavelmente, nunca seria atingindo sem guerras, das quais sempre tiveram um papel bastante presente no cotidiano destes povos bárbaros. Mas, caso levemos a tese do conflito às últimas, como poderíamos explicar razoavelmente a vitória destas civilizações barbarizadas, quando sabemos que muitas delas ainda estavam presas na Idade do Bronze e raramente excetuavam-se de sociedades tribais? O Chefe da Cadeira de História de Oxenfurt, o qual contribuiu diligentemente para a elaboração desta obra, propõe a tese que explica tal prevalência por meio da observância de que os elfos estavam severamente desgastados por mais de um milênio de conflito, faltando-lhes tanto a motivação quanto os recursos, materiais ou numéricos, para resistir-lhes efetivamente. Além disso, não temos plena certeza de quão realmente avançados os elfos estavam em matéria de sofisticação militar naquela época, embora seja seguro assumir que certamente não o eram como na época da Grande Invasão, de onde provém boa parte de nosso conhecimento; pense, por exemplo, em quanta sofisticação a humanidade conquistou em espaços de séculos. Se usarmos lógica semelhante para os elfos, não é tão difícil admitir que, ao fim da Primeira Era, eles eram muito menos avançados que o são na presente época em que este livro foi escrito.

Embora não seja de conhecimento geral, existem ao menos cinco subespécies élficas conhecidas pela humanidade. Embora muitas pessoas tenham a percepção de um único tipo de elfo, ocorre que estes, os quais a humanidade tem mais contato, seriam o fenótipo mais "típico" de todos os elfos: eles são os mais numerosos e os mais sociáveis de todos os seus primos, motivo pelo qual podemos vê-los em suas pequenas colônias em algumas das nossas mais prestigiadas metrópoles. Como a grossa maioria dos homens só teve a oportunidade conhecer esta única variedade de elfo, assumiu-se que eles são a única espécie de elfo, quando não vêm a ser o caso; esses elfos mais típicos são tão distintos de seus primos em sociedade e militarismo que torna-se inadequado tratar de toda essa variedade ignorando suas devidas particulares. Por causa disso, este livro divide cada uma dessas variedades em subcapítulos para prover-lhe um panorama tão amplo quanto possível.


Capítulo I: Os Elfos da Floresta

São os mais ferozes de todos os elfos, constroem habitações nos troncos e nas copas de suas árvores gigantes e aterrorizam os corações de todos os homens atrevidos que ousam infringir suas fronteiras, os quais são calorosamente recebidos com saraivadas de flechas caso não venham a recuar. Ao que se sabe, tal postura é via de regra desde a Grande Invasão, quando boa parte de seus domínios foram reduzidos às cinzas e suas posses revindicadas à ferro e fogo pelos barões imperiais. Talvez a destruição, a expulsão e o extermínio de províncias inteiras tenha lhes amargado os humores e perpetuado ânimos de ódio e ressentimento pela crueldade dos homens. É sabido, os elfos não esquecem ofensas, nem as perdoam com facilidade. Mas ainda que esse comportamento hostil costume ser respaldado por ofensas passadas, é impossível dissociar-lhes de sua natureza territorialista, das quais até mesmo outros elfos poderiam concordar. Uma vez que se assentam em uma floresta, reivindicam todo o território para si, fazendo dos carpetes folheados, das colunas arbóreas e das abóbadas estreladas as suas cortes silvestres. Nestes redutos naturais, eles jamais estendem suas alianças para além do seu círculo típico de simpatia, que inclui tanto os outros elfos de sua espécie quanto seres das florestas, como as dríades. De fato, é pertinente salientar-se que dentre todas as alianças extra-raciais que os elfos da floresta possuem, a cooperação com essas ninfas silvestres não deve ser completamente subestimada de forma alguma. Apesar de sua aparência inofensível e subjetivamente atraente, as dríades possuem poderes mágicos cuja real dimensão é até então desconhecida, mas testemunhadamente aplicável aos fins militares dadas às devidas condições.

Por serem tão apegados às florestas que ocupam, os elfos da floresta desenvolveram um estilo de combate estreitamente ligado ao terreno, tornando-se batedores e patrulheiros florestais natos. Eles sabem abrir caminho por matas fechadas e montar emboscadas como ninguém, tornando o combate e o reconhecimento das regiões por eles controladas uma tarefa dificílima. Uma vez que suas tropas se encontrem com seus inimigos, farão seu modus operandi de escaramuças, das quais são os mais proficientes dentre todas as raças. Os ataques podem ser feitos nas marchas ou nos descansos, podendo tornar o combate naquele terreno um verdadeiro inferno. Em todo caso, eles prezarão pelo elemento surpresa, surgindo de arbustos e árvores nestas arapucas. Eles não optarão por focar-se em corpo-a-corpo a menos que sejam forçados a fazê-lo, ao invés disso, atirarão suas flechas e suas azagaias com grande maestria em frequentes saraivadas. Alguns de seus espadachins mantêm-se em suas posições, prontos para intervir caso o inimigo tente avançar contra esses atiradores para explorar-lhes suas deficiências no combate corpo-a-corpo. Os espadachins mais veteranos, no entanto, engajar-se-ão em assaltos ligeiros contra as unidades inimigas, manejando suas espadas com proeza mortal. Mesmo que um comandante esteja servido dos melhores batedores de seu reino, será dificílimo obter resultados favoráveis em uma disputa de escaramuçadores nas florestas por eles controladas, tornando inviável a utilização deste recurso em uma campanha. Muito embora caçar elfos na floresta não seja exatamente igual aos exercícios de lazer de um senhor com seus cães de caça, realmente houveram meia dúzia de exceções à regra: o comandante Vernão de la Rochelle, por exemplo, capturara seis chefes destes assentamentos florestais em meia década de serviço ao Marquês da Ruphidia, embora comumente perdesse a terça parte de seus homens, os famosos Blue Stripes, nestas operações de altíssimo risco. A menos que se disponham de formações de elite e comandantes eficientes como os mencionados, é extremamente desaconselhado que os oficiais prestem este tipo de combate ao lidar com elfos da floresta.

A participação das dríades nessas campanhas militares, embora não seja habitual, pode ser esperado em invasões de território vistas pelos mesmos como uma grande ameaça comum. Nestes casos, as dríades abandonam suas típicas formas humanoides e, por alguma diabrura própria, convertem-se em criaturas de madeira oca que emanam alguma forma de aura ou, como é atribuído por alguns patrulheiros das florestas, são capazes de realizar possessões em construtos de dita aparência, dando-lhes "vida", por assim dizer. Tais construtos, se assim formos chamar, podem ter a altura de um homem médio ou serem um par de pés mais altos, sempre com constituição imponente e aparência larga. Uma vez nessas formas, as dríades podem operar ataques por comando próprio ou unirem-se a um determinado comando tático destes elfos. Mas em geral, sua participação dificilmente varia do que já foi testemunhado. Isto é, elas esperam por uma oportunidade e surgem das matas, declives e buracos no solo, utilizando a força bruta de suas formas de madeira para derrubar, esmagar e dispersar um exército invasor. Felizmente para nossos comandantes, estas hordas de dríades raramente excedem destacamentos de uma ou duas dúzias de construtos, mitigando o seu potencial de ameaça em uma campanha e possivelmente explicando o por quê delas costumeiramente se unirem à liderança dos elfos-das-florestas para dar cabo de exércitos maiores. Oficiais podem encontrar bom uso para o fogo nestas ocasiões, já que parece danar-lhes substancialmente nestas formas.

O equipamento militar dos elfos-da-floresta é distinguivelmente mais rústico que as armas e armaduras de seus primos, realçando os traços de sua cultura isolacionista. Em matéria de qualidade, elas são um tanto inferiores às obras dos elfos mais "civilizados", embora ainda sejam ligeiramente melhores que a qualidade padrão de nossas armas e armaduras. É interessante notar que os elfos-da-floresta não concebem nenhuma forma de escudo, como seus primos têm, considerando-os um obstáculo ao seu estilo de luta tradicional mais fluído. A fluidez também é uma característica que se reflete nas armaduras, isso quando há, já que parte considerável dos seus guerreiros presta "combate nu", ou seja, sem nenhuma proteção considerável. Suas armaduras não são mais que duas: as acolchoadas, adotadas no decorrer da Grande Invasão, juntamente com as de escamas de aço, que costumam compor a proteção dos guerreiros mais profissionais. A armadura acolchoada, embora à princípio tenha sido evitada por sua associação com os homens, acabou por provar-se útil demais para ser descartada no período das invasões por mero ufanismo, passando a compor um papel importante na vida de muitos dos seus guerreiros. É interessante notar ainda, que apesar do seu tradicionalismo quanto às armaduras, não chega a ser incomum que príncipes e seus guerreiros mais próximos protejam-se também com grevas e avambraços de placas, as quais são importadas dos reinos élficos adjacentes.

Com relação às armas, eles também fazem uso de parte considerável do arsenal tradicional: as adagas, as espadas tradicionais, as cimitarras e os arcos são equipamentos típicos. Com relação à este último, no entanto, é pertinente notar que foram os elfos-da-floresta que estabeleceram o arco como elemento tradicional de sua raça, não o contrário. De fato, eles são universalmente conhecidos por produzirem os melhores e mais poderosos arcos dentre toda a sua espécie, crédito também reconhecido pelos seus primos, que têm o hábito de importar arcos e flechas daquelas províncias para compor parte considerável de seus arsenais. Embora os elfos-da-floresta produzam os mais variados tipos de arcos, suas confecções mais famosas são indubitavelmente os arcos longos e os arcos duplos, armas poderosíssimas nas mãos de um elfo arqueiro competente. Mas para além de arcos, elfos-da-floresta também fazem boas azagaias, trabalhadas com madeira flexível e com "plumas" próprias; ao invés de serem feitas de penugem animal, como nas flechas, elas são trabalhadas na própria madeira do dardo, de forma semelhante com a qual os nossos artesãos fazem nos virotes das bestas. Embora a tradição de arremesso de dardos tenha se extinguido na maioria das culturas de sua raça, eles fazem questão de exibir sua proeza com dardos na guerra e em exercícios militares em tempos de paz, tornando uma arma quase que competível com a tradição de arquearia, embora talvez seja absurdo assumir estejam em estima semelhante. Lanças não costumam ser armas populares, ao passo que machados, maças e similares são completamente inexistentes. Os equipamentos aqui mencionados são regra entre todas as suas comunidades, no entanto, ao menos para os assentamentos em Ivarenhal, o conflito intenso com os homens lhes fizeram adotar uma ou outra arma dos humanos, como a messer.


Capítulo II: Os Elfos da Neve

Soberanos incontestáveis do Vale Boreal, a espécie de elfo que reina para além do Deserto de Gelo tem humores tão gélidos quanto as terras ao qual estão assentados. Mas diferentemente dos seus primos abordados anteriormente, tal aspereza não é produto de uma convivência agressiva com comunidades humanas, ou pelo menos não inteiramente. Desde tempos imemoriais, os elfos nevados tornaram-se inimigos jurados dos dragões que lá governavam como tiranos. Embora não se possa falar em uma vitória "definitiva", as guerras contra os dragões permitiram o assentamento efetivo sobre os bosques e as tundras da região, que foram mantidos em seus domínios até suas guerras contra os anões, contra os gigantes e, mais tardiamente, as nocivas invasores víquingues. Embora privados de parte considerável de seu domínio ao Sul do Deserto de Gelo, eles ainda mantiveram certas terras na região até serem expulsos ou exterminados por novos conquistadores nordlings, agora adeptos da religião da Cruz. O histórico de guerras tão agressivas quanto perpétuas, a dificuldade de assentamento em um clima tão avassalador e a memória da humilhação imposta pela perda dos vastos territórios - que correspondiam a quase dois terços de seu reino original - resultou em uma característica falta de empatia por todas as espécies não - élficas, as quais são tratadas com a esperada hostilidade caso visitem seus domínios.

Com tal herança de guerra perpétua, os elfos nevados inconscientemente adotaram diversos elementos militares de seus inimigos de longa data, de forma que algumas das armas élficas tradicionais foram eventualmente abandonadas em favor de armas mais práticas e assemelhadas às usadas pelos víquingues e anões, à exemplo de suas espadas. Até as armaduras e as embarcações militares, como as longships, são produto explícito destas influências, tornando-lhes um dos povos élficos que mais sofreram ingerência humana em sua sociedade depois dos chamados "comuns". Os elfos nevados são principalmente versados no combate de lanças com escudos, ao passo que espadas e adagas são habitualmente tratadas como armas secundárias. Menção de destaque, porém, dar-se-á aos machados de toda espécie, combinando o poder destrutivo das armas de seus inimigos com a tradição artística e aparente leveza dos armamentos de sua raça. Os arcos recebem muito menos popularidade quanto lhes é prestada pelos seus primos, sendo mais frequentemente usados como arma secundária de alguns guerreiros de seu povo, ao qual importam-las dos elfos-da-floresta. Estes também exportam suas azagaias para aqueles, já que lanças de arremesso costumam desempenhar um papel mais relevante no militarismo dos elfos nevados que arcos.

Os elfos nevados costumam ter uma preferência mais habitual por armaduras mais pesadas do que vemos entre alguns de seus primos, como os elfos-da-floresta, por exemplo. Definitivamente, eles são a prova viva de que os elfos realmente podem fabricar boas armaduras de malha, fazendo os anões engolirem em seco suas piadas sobre o assunto. É claro, eles só puderam quebrar este estigma por meio das trocas de técnicas metalúrgicas dos humanos e dos próprios anões, abrindo alguma margem para nossos amigos de baixa estatura ainda poderem levantar este fato em suas acaloradas discussões de taverna. Mas de fato, sua proeza com a confecção de malha de aço é reconhecida por todos os outros elfos, que optam por importar cotas de malha do Vale Boreal do que se sujeitar à qualidade inferior de sua fabricação própria. Assim sendo, os elfos nevados não só deram às cotas de malha alguma adesão no Mundo Élfico, mas eles mesmos as tem com mais estima que qualquer outra armadura presente na região, das quais geralmente consistem em armaduras de couro endurecido, que compõem a proteção mais típica dos seus guerreiros. Proteções para braços e pernas feitas com placas de aço são um pouco incomuns, já que tem de ser importadas de outros reinos élficos e as rotas comerciais entre ambos não são tão desenvolvidas; no entanto, proteções braçais costumam ter mais aparição entre seus guerreiros mais experientes, ao passo que o conjunto completo costuma ser importado pelos mais abastados. Aristocratas mais notórios, no entanto, podem optar por importar até couraças de placas dos reinos dos elfos "comuns", que dominam tal tecnologia, para vesti-las por cima de suas armaduras de malha.

Embora as perdas territoriais do passado ainda ecoem na memória de seu povo, a tradição militar dos elfos nevados nunca deixou de ocupar um papel relevante na sua sociedade, já que é por causa dela que seu reino ainda perdura. Os exércitos dos elfos nevados são inteiramente centrados em infantaria, embora cavalos sejam usados para transportar os de melhor condição, que poupam a energia que seria gasta nas marchas para as batalhas em si. Em certas ocasiões onde a velocidade de deslocamento é um fator mais essencial, eles podem optar por reunir exércitos menores, mas com todos os guerreiros em montarias, permitindo percorrer maiores distâncias do que com exércitos apeados. Em guerra, recorrem tanto às incursões punitivas quanto às guerras campais. Cercos costumam ser uma prática infrequente, principalmente depois da Concordata de Anor Londo ter firmado uma "paz perpétua" entre os reinos unidos nordlings e o Vale Boreal; isto não significa dizer, no entanto, que eles não possuem alguma competência para proteger suas cidades em cercos, já que elas são as únicas de todo Mundo Élfico à serem dotadas de boas muralhas, espessas e altas. Mas com relação às outras duas guerras mencionadas anteriormente, elas costumam ser vistas por estes elfos como expedições punitivas que pretendem responder à altura as incursões víquingues, queimando suas casas, tomando seus grãos e levando sua população como escrava, a qual é usada para trabalhar nos campos. No entanto, como muitas destas expedições acabam sendo "vingadas" após uma ou duas décadas, as novas gerações destas comunidades bárbaras acabam interpretando esses sinais como a continuação de sua guerra perpétua, cujo fim provavelmente acaba com um dos dois lados sendo obliterado, conquistado ou alienado de sua liberdade.

Como outros elfos, eles são excelentes escaramuçadores e podem fazer ardilosas emboscadas tanto na neve quanto nos ermos, as quais geralmente são iniciadas com saraivadas de flechas e azagaias, seguidas do avanço ligeiro de seus combatentes para o corpo-a-corpo. Em determinadas situações, quando suas ofensivas perdem a eficiência em virtude da coesão do inimigo ou até quando são surpreendidos por um exército, eles realizam sua própria parede de escudos ou fazem suas linhas tomarem forma, sempre com sua vanguarda composta dos guerreiros mais blindados e mais experientes. Nisto seus procedimentos se pouco diferenciarão pouco de seus rivais tradicionais, com arremessos esporádicos de azagaias marcando as fases preemptivas e a eventual colisão de formações. Mas diferentemente de seus vizinhos, eles não têm por hábito perseguir guerreiros fugitivos à menos que se encontrem em grande vantagem numérica ao fim do embate com um inimigo que é observado como particularmente cruel.

Como uma menção final e talvez até mais significativa que muitos dos elementos militares aqui já descritos, existe entre ainda um esquadrão especial, que apesar do seu número modesto é capaz inflamar os ânimos de qualquer oficial veterano e lhes fazer subir pela espinha o mais gélido dos calafrios. Embora tenham sido mencionados em pouquíssimas ocasiões dentre todas as guerras dos nordlings contra os elfos-da-neve das quais temos registro escrito, todas as evidências corroboram para a existência dos chamados dragon riders, elfos notórios do Vale Boreal que são capazes de domar criaturas draconianas com a mesma competência que cavaleiros dobram a vontade de seus mais ávidos corcéis de guerra. Certos especialistas afirmam que tais indivíduos não necessariamente montam nos devidos dragões, mas em espécimes inferiores e de menor porte, como wyverns e dragonetes. No entanto, a imensa maioria da soldadesca dificilmente saberia distinguir tipos, tornando tal nome não somente persistente como também não necessariamente errado, já que estas bestas ainda fazem parte de uma família de espécies chamada draconiana. De qualquer forma, tudo parece apontar que eles possuem alguma forma de laço de obediência para com o Reino dos Elfos Nevados. Seus nomes, deveres, títulos, história ou mesmo seu número exato são completamente desconhecidos para nós, embora saibamos que eles nunca foram avistados pelos nordlings em quantidade maior que três, isto é, três combatentes e suas respectivas montarias. De igual maneira, não sabemos dizer quando e nem como eles são chamados ou se propõem à intervir nas guerras de seu povo, embora na Grande Batalha de Anor Londo tenha ficado especulado que eles intervém em situações críticas. Felizmente para os comandantes do Império, eles não são invencíveis, embora extremamente perigosos: na dita batalha, três dragonriders haviam participado da defesa da capital, causando a deserção da quarta parte do exército nordling e das mortes de outra quarta parte; no entanto, dois dragonetes foram mortos em batalha pelos homens-de-armas, com um dos seus cavaleiros mortos no calor do combate e um terceiro capturado por um soldado-de-fortuna, mais tarde investido como cavaleiro. Baseando-se no que foi coletado de informação nesta batalha, sabe-se que eles se vestem de boas armaduras pesadas e possuem maestria em muitas das armas do arsenal de seu povo, mas são incapazes de usá-las enquanto montados nestas bestas, devido ao seu tamanho. Salvo azagaias, que podem ser arremessadas de suas selas sem dificuldade, eles são obrigados à desmontar para prestar combate, o qual costuma ser feito mesmo sem que suas montarias estejam incapazes de lhes servir. Uma vez apeados, o combate torna-se mais viável, embora ainda sejam guerreiros bem treinados no uso de suas armas.


Capítulo III: Os Altos Elfos

Dificilmente poderíamos descrever a sofisticação cultural da civilização dos altos elfos à luz de sua grandeza. Simplesmente seriamos incapazes de fazê-lo em nosso idioma vulgar sem mitigar sua magnitude, tamanho é o êxtase causado pelo seu mero testemunho. De certo que essa opulência encontra raízes em seu próprio início, conforme a Tradição dos Elfos assim sugere ao afirmar que eles teriam sido a primeira das raças à se erguer neste mundo, sendo com efeito, avós de todos os elfos e precursores da primavera civilizacional. Muito embora suas majestosas comunidades tenham crescido em sofisticação e em tamanho, os altos nunca viriam a se expandir para além de seus cercados dourados, tornando-se alheios à existência para além da região que se denomina como Ishi Dorthore, a sua terra natal que é mais popularmente conhecida por representar a principal província dos Reinos Élficos Unidos ou, como é chamada pelos próprios elfos, o Domínio. Muitos clérigos dentre os elfos defendem que a teimosia destes primeiros elfos em expandir-se levou à um "segundo despertar", isto é, o surgimento de novos elfos. Por meio destes, ocorreu-se o que veio a se denominar "Grandes Emigrações", uma série de ondas emigratórias dos chamados "elfos jovens" em busca de um estilo de vida diferente do proporcionado pela civilização dos Altos. Foi por meio desta série de acontecimentos que tornou-se possível a exploração de um mundo até então desconhecido, dando origem não só às diversas etnias élficas conhecidas, mas também reinos, principados e comunidades estabelecidas por essa raça.

Se por um lado a influência dos Altos parecia ter definhado a partir da emigração, parte considerável dela foi restaurada no desfecho da chamada Guerra dos 1.000 Anos, um gigantesco confronto armado empreendido por diversos destes Estados Élficos que terminou com uma concordata de paz organizando a completa união de todos esses Estados Soberanos em um governo conjunto encabeçado por uma monarquia dos Altos Elfos de Ishi Dorthore. Por nossa falta de entendimento e também por não termos acesso à documentação dos conflitos, torna-se impossível termos uma explicação completamente segura do por quê esses monarcas terem lançado mão de suas respectivas independências por este governo chamado "Domínio", mas existem explicações plausíveis. A mais famosa delas, sugerida pelo Venerável Nicolau de Trevis, 8º Doutor da Cadeira de História de Oxenfurt, procura entender o conflito na ótica dos próprios elfos; segundo ele, o extenso fratricídio provocado pela Guerra fez muitos dos governantes se arrependerem de suas aspirações de independência e poder, optando por reduzir suas coroas à uma autoridade mais velha e mais esclarecida, que naquele caso só poderia ser a única etnia élfica que não se banhara no sangue borbulhante do conflito e cuja sabedoria só fosse excedida pela sua idade: a Dinastia dos Altos Elfos de Ishi Dorthore; seja pela força da pena ou pela força da espada, pouco a pouco todos os Estados Élficos passaram a ser submetidos à esse novo governo, que embora demandasse sua devida porção de suserania, ainda permitia considerável autonomia de cada Estado Constituinte: as cortes, as tradições, os exércitos e as leis locais seriam mantidas em favor dessa União e da paz. Assim teve fim um dos capítulos mais sangrentos da História dos Elfos, dando início ao que se conhece como Segunda Era.

Por nunca terem se envolvido diretamente com guerras, seja por questões culturais ou por seu território nunca ter sido usado como campo de guerra, os Altos Elfos de Ishi Dorthore sempre viveram seus dias sobre uma aura de paz perpétua, observando a guerra e suas mazelas como uma realidade distante de suas cidades douradas, melhor apropriada às culturas pouco educadas e mesquinhas. Naturalmente, a vida militar nunca desenvolveu raízes sólidas em sua sociedade, existindo apenas como uma força auxiliar para garantir a manutenção da paz e da ordem, além de assistir os elfos mais jovens em suas guerras contra ameaças externas. Em virtude deste fato, eles nunca despacharam para tais campanhas um exército superior à 1.000 soldados, o que reflete muito bem não apenas a pequenez de seu povo, habitualmente banalizado pela baixa fertilidade, mas também à falta de vultosidade de seus exércitos, característicos pelo número reduzido. No entanto, ao passo que se perde em quantidade, ganha-se em qualidade: não estando habituados com a chegada de novos recrutas, cada soldado recebe um treinamento particular mais longo e enxuto, tornando-lhes mais eficientes que os guerreiros médios de reinos humanos e élficos. Assim, boa parte de seus guerreiros constituem a qualidade de profissionais competentes, com seus veteranos mais ilustres abarcando mais anos de experiência na carreira militar do que um humano teria em vidas inteiras. Mas se por um lado esses modestos exércitos possuem heróis de guerra espalhados em cada uma de suas fileiras, eles não são enviados para lutarem sozinhos, preferindo, ao invés disso, unir-se às demais tropas de outros elfos, reforçando assim a eficiência final das hostes élficas por meio da combinação de todos os pontos fortes de cada uma de suas culturas militares, especialmente quando os altos elfos são bastante seletivos com relação ao seu arsenal de armas.

Os altos elfos são muito rigorosos quando se trata da escolha de suas armas, exigindo não apenas a justa eficiência, mas também beleza, sofisticação e aquele "algo mais" que, no geral, apenas espadas costumam proporcionar. Assim sendo, as espadas afirmam-se como suas armas mais populares, ainda que trouxessem com elas uma controvérsia extremamente danosa ao pensamento filosófico dos altos elfos: a sua mentalidade ultraconservadora e fechada às influências de outros povos. A Grande Invasão Imperial provou por mais que de certo que muitas formas de espadas élficas tinham desempenhos extremamente inferiores aos armamentos utilizados pelos cavaleiros e sargentos, logo forçando os elfos a considerarem a adoção ou a adaptação de alguns destes às suas culturas. Isto provocou um imenso golpe à mentalidade dos altos elfos, que mostrava-se chocada diante da relativa obsolescência de suas espadas. Ao passo que novos armamentos logo encontraram estima semelhante e por vezes até superior que às tradicionais entre outros elfos, muitos dos altos procuraram resistir por mais alguns anos, mas inevitavelmente cederam à pressão. Desde então, as espadas são talvez a marca mais evidente de influência externa na sua sociedade, de forma que o motivo mais frequente que leva um dos seus para fora do Domínio encontra-se nas jornadas de espadachins que buscam refinar sua técnica nas terras dos homens. Para o bem ou para o mal, as invasões humanas sob a bandeira imperial fizeram o que nem mesmo os "elfos jovens" conseguiram em milênios, obrigar os altos elfos à se abrirem à novas tendencias. Assim, além do arsenal tradicional que ainda mantem alguma estima na sua cultura, todo o tipo de espadas de uma mão, bastardas, de duas mãos e toda a sorte de sabres tornam-se presentes em seu leque militar. Menção de destaque dar-se-á, porém, a uma espada que não necessariamente é voltada para guerras e seus conflitos mais violentos, mas para o ambiente urbano. As rapieiras são uma invenção dos altos elfos e particularmente uma das espadas mais populares no clima das cidades. Onde reina o orgulho, a paz e o garbo, nada mais adequado que uma espada fina que represente todas estas virtudes e seja manejada de modo igualmente magnífico. Sem toda brutalidade pacata da esgrima convencional, a rapieira se propõe à ser um objeto vistoso que, apesar de tudo, continua sendo uma arma letal. Elas compõe a arma favorita de certos aristocratas, que as vestem quase como peças de roupa, além de também ser usada por guardas-costas, políticos e constituintes das guarnições das cidades à paisana, tornando o uso e o domínio adequado da rapieira quase como uma questão de orgulho cívico. Ela costuma ser manejada sozinha ou acompanhada de broquéis ou adagas que servem para aparar golpes inimigos. Alguns magnatas hitaliotas são excêntricos ao ponto de importarem tais espadas ou eles até mesmo encontram meios de seus cuteleiros as forjarem. Mas para além de espadas, outras armas ainda encontram uma adesão minoritária entre estes elfos, notoriamente a glaive e a voulge; além, é claro, dos arcos, que costumam estar em estima semelhante às polearms mencionadas.

Semelhantemente ao problema trazido pelas espadas, as armaduras humanas provar-se-iam cada vez mais avançadas e eficientes, ao passo que a tecnologia élfica neste quesito parecia estar aparentemente estagnada. Se por um lado as espadas causaram uma pressão insustentável de evitar-se, as armaduras se provaram menos ardilosas, de forma que só foi realmente adotada pelo ramo mais "liberal" da aristocracia de seu povo. Em geral, os altos elfos sempre tiveram acesso às suas típicas e ornamentadas armaduras de escamas metálicas, juntamente com peças de placas para a proteção de braços e pernas. A chegada das armaduras de placas de manufatura élfica, trazidas por comerciantes dos reinos do Domínio que dominaram tal técnica, tornou-se um divisor de águas. Por não serem exatamente armaduras idênticas às criadas pelos homens, o senso de adaptação já presente nelas fez parte a maior parte da soldadesca aderir à esses exatos modelos, que eram sempre importados dos reinos élficos que tinham conhecimento destas técnicas; nestes casos, as aberturas expostas são protegidas com escamas de couro fervido ou, menos comumente, com malha importada do Vale Boreal. Já os aristocratas preferiram fazer uso de uma armadura própria que já havia sido desenvolvida quase que paralelamente, uma espécie espécie de armadura de escamas com placas mais largas que lembram exemplares transitando entre as duas tecnologias. Existia ainda uma minoria de ultratradicionalistas que preferiu manter suas mais que tradicionais armaduras de escamas ornamentadas, que costumam ser mais habituais entre porta-estandartes e soldados em ocasião de parada. Dessa forma, temos uma distribuição de armaduras quase que completa entre todos os seus soldados, dos arqueiros aos espadachins da linha-de-frente.




"Conflitos e rebeliões são tradicionalmente observados com desinteresse e depreciação, sendo eles mesmos aversos à toda cultura de caos e desordem, o que os tornam particularmente críticos de toda forma de civilização centrada em culturas belicistas."


mais que expressiva valorização de espadas, as quais recebem a maior popularidade por ser a única arma que expressa mais fielmente à elegância da cultura dos altos elfos.

o que pode ser evidenciado pelo fato deles não possuírem nenhuma afinidade especial para arcos,

que são tão preferíveis quanto qualquer outra espada; martelos, machados e outras armas brutas são tradicionalmente evitadas. No entanto, diz-se que um guerreiro vindo dos altos elfos costuma tornar-se imbatível em duelos, tendo em vista que sua experiência militar através das décadas refina a sua técnica e o torna superior à maioria dos guerreiros de outras raças.














Cavalaria de Unicórnios
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