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Veritas et fortitudo, memento mori
 
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 Da Bandeira em Mata Virgem por Terra de Vera Cruz

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pedrogaiao
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pedrogaiao


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MensagemAssunto: Da Bandeira em Mata Virgem por Terra de Vera Cruz   Da Bandeira em Mata Virgem por Terra de Vera Cruz Icon_minitime16/5/2018, 12:45

Por Padre Antonio Cabreto, Jesuíta, ao Bispo de Olinda. Entregar com Urgência.

Conforme requisitado por Vossa Eminência, presto aqui minhas obrigações habituais em manter-lhe informado da situação das bandeiras porquanto permaneceres na condição de exílio. Contudo, antes de me endereçar ao assunto confidencial a ser tratado aqui, devo introduzir tal correspondência com um novo apelo, ainda que as minhas incontáveis e repetidas solicitações tenham sido respondidas com pouco mais que a vossa indiferença. Por vício do santo zelo, então, devo ignorar vosso ostracismo pretérito e exortá-lo novamente do crescente problema que assola as bandeiras. Este, como vos bem sabeis, refere-se à infiltração de heréticos nas bandeiras desta Terra.

Estes elementos, como tu mesmo conhecestes, dirigiram-se para esta terra e a ocuparam, reduzindo o bom povo de Vera Cruz aos grilhões da religião "deformada". Ostracizaram o ofício da santa missa, agora vergonhosamente celebrada às portas fechadas. O povo, já seduzido pela falsa liberdade de consciência - liberdade do erro, devo dizer - acostumou-se a vara de Ioannes Maritivs de Nassalis, com seus mercenários igualmente heréticos e seus agiotas marranos. No passado, a Coroa cometeu o lamentável erro de não inquirir da fé dos estrangeiros que estavam à bordo de suas naus, pagando por tal imprudência com a divulgação de seus segredos marítimos para as nações apóstatas, no que resultou na tão conhecida perda do monopólio de suas rotas comerciais e de seus domínios ultramarinos. Se, por reprovável negligência, não tomares as medidas necessárias, em breve os fatos agravar-se-ão e todos os nossos esforços tornar-se-ão em esforço de tolo.

Estou convicto de que foi tal falta de zelo que causou as desventuras nesta última Bandeira. Uma punição, imposta pelo Santo Deus pela falta de temor dos nossos governantes. É com pesar que informo que a bandeira em busca dos elfos tropicais foi um completo fracasso. Isto, é claro, não seria possível se o Provedor-Mor não tivesse cometido o erro de admitir tropas holandesas capturadas aos nossos números, é impossível confiar na conversão de soldados capturados. Eu, é claro, protestei contra estas políticas, mas o diabo do provedor, não satisfeito em ignorar minhas exortações, pôs ele mesmo um cavaleiro holandês na bandeira ao qual faço parte; "escolhido a dedo", ele disse, afirmando que o elemento era católico e vindo de Bruxelas; parece o miserável havia esquecido que eu farejo o fedor de heresia à milhas, ou muito mais provavelmente apenas o fizera para afrontar a minha santa indignação.

Sendo este o caso ou não -  creio firmemente que não - o tal Jakob van der Ley esteve conosco quando partimo em direção à mata, ele mesmo montado e arnesado à sua moda. Isto é, armadura de placa espessa, cobrindo todo o peitoral, costas, braços e pescoço, com um elmo fechado também típico da região; as pernas, porém, eram tradicionalmente desprotegidas, onde por costume vestia botas de cano longo e uma calça alva. A armadura enegrecida tinha a espessura necessária para resvalar balas de arcabuz disparadas de longa distância e certamente o tornava invulnerável a qual espécie de golpes de espada ou flechas e clavas dos nativos. Mas, a despeito de qualquer desconfiança confessional que eu tivesse com o homem, tenho de dizer que a sua estupidez me pôs dúvida se sua função ali não era mais que a pura sabotagem ou se a estultícia dos holandeses não os fizeram aprender com os nossos. Quando se trata de Bandeiras, os homens equipam-se da forma mais prática e simples quanto possível; armas de fogo, ainda que sejam ferramentas úteis para assustar nativos e criaturas, são pouco práticas em clima úmido e na rotina de exploração; cavalos não são usados por serem de mais estorvo que ajuda, e certamente lanças de cavalaria e piques não tem serventia no terreno. Justamente por isso, o nosso bando era formado por um trio de portugueses da terra, um par armado com facões, espadas e bestas e um outro à moda de rodeleiro; dois índios em fase de conversão que muito conheciam da floresta e um par de negros que carregavam o equipamento do sr. van der Ley. Não tardou para que o nosso avanço fosse retardado pela dificuldade que o holandês tinha em transpassar pela mata montado em seu corcel. E o fato de só avançarmos quando ele estivesse devidamente arnesado não só nos atrasava como alertava aos que estavam à espreita da nossa presença com todo aquele chacoalhar de aço. Mas apesar do nosso atraso, nos primeiros dias não encontramos nenhuma ameaça. Ao menos até o terceiro dia.

Nele, na hora em que o sol se punha, nosso avanço foi rompido pelo alerta silencioso de um dos nossos indios. Imediatamente, todos procuraram ficar estáticos tão rápido quanto se pudera; menos, é claro, nosso estúpido estrangeiro que logo pedira sua lança a um dos negros e a outro que lhe carregasse a pistola. Apesar da falta de evidências,os índios estavam convencidos de alguma coisa estava nos observando, chegando até mesmo a cochicarem entre si, no seu dialeto nativo que eu lhes proibira de usar. No entanto, mesmo eu sendo tão diligente quanto sou, não me ocupei em dar sermões; antes, optei por seguirmos suas orientações para montar acampamento e passarmos a noite em guarda.

Foi o que fizemos, mas eu pelo menos não esperava que seria afrontado com as superstições pagãs dos nativos da terra quando estes começaram a fazer um círculo de terra ao redor do acampamento e talhar símbolos de proteção nas árvores ao redor. Ambos também começaram a fazer pinturas corporais de forma que se assemelhavam a onças. Sugeriram fazer o mesmo na pele dos negros, mas logo me opus, já enraivecido por ainda conservarem tais rituais pagãos. Somente me excedi, porém, quando um deles comentou que aquilo talvez fosse apenas um espírito zombeteiro da floresta, dos que aparenciam disfarçados aos transeuntes na noite, sob forma de sapos. Dei-lhe uma moca na cabeça do endiabrado e ensinei-o a nunca mais acreditar nas sem-vergonhices idólatras e por me fazer perder tempo ouvindo-as. Uma coisa, porém, ainda era certa: havia algo naquela floresta, algo que não era humano e tinha uma astúcia assassina própria.

Jakob Van der Ley continuou na noite em claro, sem tirar a armadura por horas e já sentindo as consequências de sua decisão estúpida. Era acompanhado na vigília pelos dois negros que o seguiam. Se eram escravos ou libertos não me era possível concluir, mas qualquer seja a forma de vínculo entre eles, não lhes era permitido o manuseio de qualquer arma. Os indíos também se recusavam a dormir, mas recorrendo ao uso de nossa cachaça para manterem-se de pé; às custas das queixas dos portugueses, é claro. Embora os portugueses tenham se entregue ao sono, resisti a tentação e me manti de pé para assegurar que nenhuma outra cerimônia de natureza pagã se situaria enquanto não estivesse vigilante. Naturalmente, eu não era chegado a nenhuma espécie de ciência marcial, mas nutria confiança numa relíquia adquirida: um cruz de prata, de dois palmos de altura, que continha os fios de cabelo de Padre José de Anchieta e se cria ter poderes divinos. Além disso, como todo jesuíta, recebi treinamento nas meditações e princípios místicos de Santo Inácio de Loyola, o que me permitia dominar rudimentos das ciências arcanas e um pouco de poder de levitação, assim como telecinese, a qual poderia realizar algum feito notório uma vez por dia.

Os índios haviam espalhado folhas secas no perímetro, astutamente para identificar a violação terrena do nosso espaço. Mas com a quantidade de sons que a floresta emanava era impossível saber da presença de espreitadores. Impossível, ao menos, para àqueles que haviam nascido e crescido na Europa e não conheciam as pecularidades dos ermos. Os índios, talvez por ouvidos aguçados ou apenas demonstrando algum serviço ébrio, as vezes se aproximavam mas para perto dos limites do círculo para observar alguma coisa armados de arco e flecha, mas sempre haviam voltado e tomado seus lugares. Foi, porém, um dos negrinhos que afirmava ouvir alguma coisa da floresta, exclamando exaltado. Sua reação foi censurada por outro de seu povo, mas tão cedo quanto isto acontecera os índios se botaram de pé num salto, com suas armas em punhos e observando o ambiente ao redor com instinto de caçador. Logo me aprontei de acordar aos pontapés todos os portugueses que estavam apreciando o seu sono. O holandês, já de pé e com a viseira erguida, mandava um de seus servos aprontar-lhe a pistola enquanto pedia a outro que lhe apontasse

pegava a pistola carregada por um de seus servos, pedindo ao outro que apontasse  







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